Pegar um jeep de McLeod Ganj para Dharamsala Down, lá da estação pegar um ônibus que passe por Sidhpur, parar na rua que sobe para o Norbulingka e pegar um taxi. Este foi o trajeto que eu e a Cris (de Viamão) fizemos para visitar a escola Eurokids onde a Graziela estava estudando na época. Mas a visita à escola foi apenas uma preliminar, já que a diretora Sakina, uma educadora indiana de visão, seria nossa guia ao templo de Shiva em Moli.
A escola da Sakina é uma jóia rara no sitema educacional indiano. Ela segue a metodologia Montessori (clique aqui para saber mais), onde se ensina por meio do brincar e repeita o desenvolvimento da criança. A escola como é uma franquia segue todo um esquema de organização, metodologia e limpeza. Sakina foi nos mostrando as salas, falando de como funcionava o trabalho das professoras com as crianças, baseando-se muito nas perguntas que a Cristina ia fazendo (educadora na Escola Caminho do Meio - clique aqui). Segundo ela, na India, o que rege é o Business, os pais terminam questionando por exemplo como o seu filho ainda não sabe escrever ou ler, se na outra escola uma criança da mesma idade já sabe. Sakina tem que explicar em nível educacional e de desenvolvimento infantil. Sua ideologia mantém o projeto.
Uma boa dica da metodologia para nós é um brinquedo usado quando a criança está com raiva. Vocês provavelmente tem em casa: aqueles socadores de tempero/alho de madeira (pilão). Então, quando uma criança está com raiva, a professora de alguma maneira introduz o brinquedo, contendo sementes dentro. Ao socar as sementes, a criança vai dissolvendo sua raiva nessa ação. Experimenta!!!! A Graziela aprendeu a ser bem educada nessa escola, agora ela diz "excuse me" para interromper a conversa dos adultos e se comunicar. Ela adora a Sakina, que tem um jeito amoroso e firme de lidar com as crianças.
Depois dessa preliminar educativa e inspiradora, fomos encarar o senhor da morte e do renascimento: Shiva. Aqui na India tem vários templos de Shiva, mas fomos visitar um em especial que tem duas peculiaridades. O templo é bem bonito e limpo e fica perto de um rio, nele há uma sala onde uma chama é mantida acesa a 400 anos, sendo alimentada constantemente por madeira. Recebemos as cinzas dessa chama e as instruções de uso de uns dos sadus do templo. Tá curioso? 
Mas para mim, a parte mais emocionante foi descer até o rio, onde tem uma grande pedra, com uma abertura em sua base de menos de um metro. Então, você tem que deitar e se arrastar por esta abertura para descobri uma pequena caverna de Shiva. Receber as bençãos desse deus hindu pode ser algo destruirdor e renovador na vida de uma pessoa. Um presente da Incredible India!Feveirero/2010